E nesse ano a noite preta pega a porta
E arremessa contra a massa da parede
A ventania, canto, faca, tudo corta
A sombra torta, estranha como a rede
Cabeça cheia como um saco de confetes
Pende dos ombros com serpentes e cabelos
E essa louca cobra loura reluzente
Se enrosca no tronco do cotovelo
E refletidas no cubículo calado
Pulsam, dilatam-se cadeiras que se movem
Brilham os ratos e bordados nos sapatos
Brilham insetos alimentando sapos
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